"Vede, eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o dia grande e
terrível do Senhor. Ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração
dos filhos aos pais, para que não venha e fira a terra com maldição”. (Malaquias 4:5-6)
Com estes
versículos, encerra-se o
Antigo Testamento. Foram cerca de quatrocentos anos de silêncio. Muitas
coisas aconteceram nesse ínterim. Levantaram-se heróis, como os Macabeus,
impérios ruíram, e outros se ergueram. Porém, não houve voz profética. Cessaram-se os
oráculos. Desapareceram os videntes. Parecia que Deus havia se ausentado
definitivamente da História, e abandonado a humanidade à própria sorte.
O Novo Testamento começa com o
relato dos quatro Evangelhos, acerca da vida, mensagem e ministério de
Jesus. Mateus parte da genealogia de Jesus, para demonstrar Sua origem terrena.
João parte de Sua origem celestial, demonstrando que tudo quanto existe, fora
feito por meio d’Ele. Mas
Marcos e Lucas têm outro ponto de partida. Era como se eles quisessem estabelecer uma conexão com o
Antigo Testamento, partindo de onde ele parara. A diferença entre ambos
é que Marcos parte do ministério de João Batista, enquanto Lucas parte do
anúncio do seu nascimento.
A meu
ver, é Lucas quem demonstra de maneira mais contundente a ligação entre os dois
testamentos. Se seu Evangelho fosse o primeiro da lista, todos perceberiam
facilmente que ele começa, onde Malaquias parou.
O anjo
que aparece a Zacarias para lhe anunciar o nascimento de João, diz:
“E converterá muitos dos filhos
de Israel ao Senhor seu Deus. Irá adiante dele no espírito e poder de Elias,
para converter os corações dos pais aos filhos, converter os rebeldes à
prudência dos justos, e preparar ao Senhor um povo bem disposto”. Lucas 1:16-17
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